10 julho, 2020

O que são varizes?

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Varizes são veias dilatadas, alongadas e tortuosas. São muito comuns nos membros inferiores, mas podem também acometer outras áreas do corpo como é o caso das varizes esofágicas e as hemorróidas. Em relação aos membros inferiores, as varizes são muito conhecidas, ocorrendo desde “vasinhos” (telangectasias) até veias calibrosas, mas são apenas uma parte de uma doença mais complexa intitulada Insuficiência Venosa Crônica. Ela é muito frequente no mundo todo e apresenta complicações com limitações de atividade cotidiana e problemas estéticos.

Quais são os principais fatores de risco para o desenvolvimento da Insuficiência Venosa Crônica?

Entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença podemos citar: o aumento da idade, o sexo feminino, o número de gestações, obesidade, histórico familiar. Além desses, apesar de ainda controversos, podemos citar o tabagismo, uso de contraceptivos orais, sedentarismo.

Homens podem ter varizes?

Sim. Apesar de a doença ser mais comum em mulheres e de ter destaque entre elas devido ao componente estético, o problema também acomete homens e deve ser sempre tratado.

Existe relação entre dor nas pernas e varizes?

Sim. A dor é o sintoma mais comum no paciente que apresenta varizes. No entanto, a dor não é proporcional ao grau de dilatação das veias superficiais. É possível encontrar pacientes com varizes mais calibrosas sem nenhuma dor e pacientes com veias pequenas e muito sintomáticos quanto à dor e ao incômodo locais. Dentre outros sinais e sintomas podemos citar: câimbras, formigamento, edema, sensação de peso e de cansaço, prurido, pernas inquietas. De forma geral tais sintomas tendem a se acentuar ao longo do dia, especialmente após períodos em pé e melhoram com a elevação dos membros.

O que acontece se a doença não for tratada?

Embora a manifestação da doença seja diferente em cada pessoa, a tendência é o agravamento com o passar dos anos. Além de ser um problema estético e causar os sintomas já mencionados, a doença pode evoluir com úlceras de difícil cicatrização, aumentando o risco de infecções com erisipela, com hemorragias locais e com tromboflebites.

Qual é o melhor tratamento para quem apresenta a doença?

O tratamento deve ser individualizado. São realizadas a avaliação e a graduação da doença e solicitados os exames complementares pertinentes, para então indicar o melhor tratamento.

Existem atualmente várias maneiras de abordagem terapêutica, desde procedimentos ambulatoriais, realizados no consultório, como escleroterapia (aplicação) e laser transdérmico, até procedimentos mais complexos, realizados no hospital, como cirurgia e endolaser.

Tratamentos conservadores como uso de meias elásticas compressivas e de medicamentos auxiliam na redução dos sintomas e prevenção de complicações. Na maioria dos casos há necessidade de tratamentos combinados, com o objetivo de melhorar os resultados estéticos e funcionais.

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